Júdice Fialho & Cª - Olhão

NOME EMPRESA / COMPANY NAME: Júdice Fialho & Cª – Olhão

NOME FÁBRICA / FACTORY NAME:

PROPRIETÁRIO/OWNER: João António Júdice Fialho 

FUNDAÇÃO / FOUNDED: 20-3-1913

LABOROU EM/WORKED DURING:  1916; 1917; 1924; 1936; 1946; 1948 

ENCERRAMENTO / CLOSURE: 1959 (Expropriada) 

Nº EMPRESA IPCP/ IPCP COMPANY Nº: 

ALVARÁ / CHARTER: 1917

MORADA / ADDRESS: Sítio do Costado 

CIDADE / CITY: Olhão

NO MESMO LOCAL FUNCIONOU/AT THE SAME LOCATION WORKED:

OUTROS LOCAIS / OTHER PLACES:
Júdice Fialho & Cª – Olhão
Júdice Fialho & Cª – Portimão – São Francisco ou Estrumal
Júdice Fialho & Cª – Portimão – São José
Júdice Fialho & Cª – Portimão – Ferragudo –  Fábrica Frito Velho
Júdice Fialho & Cª – Lagos
Júdice Fialho & Cª – Sines
Júdice Fialho & Cª – Setúbal
Júdice Fialho & Cª – Peniche
Júdice Fialho & Cª – Funchal

TIPO / TYPE: Packers of canned fish in olive oil

FONTES / SOUCES:
– Rodrigues, 1997;
– Serra, 2007;
– Jornal da Europa, 1924;
– Guia Turístico do Concelho de Olhão de 1946;
– Revista de Conservas de Peixe nº25,1948; – 5ª Circunscrição, Arquivo Distrital de Faro ;
– Arquivo Municipal de Olhão. 
– A Indústria Conserveira na Construção da Malha Urbana no Algarve: Das Estruturas Produtivas à Habitação Operária (1900-1960), Armando Filipe da Costa Amaro

ARQUIVO DISTRITAL DE FARO
ACD/CI5 5ª Circunscrição Industrial 1896/1975
004 Vistorias para atribuição de alvará
001 Indústrias do pescado e derivados

FÁBRICA DE CONSERVAS DE PEIXE EM AZEITE

SCOPE AND CONTENT
Proprietário J. A. Judice Fialho, Sítio do Costado, Olhão, concelho de Olhão. Alvará nº 939, de 1917. Averbado a Propriedades Judice Fialho, em 22/02/1939. Cancelado em 11/07/1959.

REFERENCE CODE
PT/ADFAR/ACD/CI5/004-001/0132

DATE RANGE
1917-09-17 Date is uncertain to 1959-07-11 Date is uncertain

Júdice Fialho & Cª

No mesmo lugar de sempre, isto é, a seguir aos antigos estaleiros dos irmãos António e José da Graça, hoje Doca Nova, a que corresponde, mais ou menos, a localização da firma Sopursal. Esta fábrica tinha uma ponte de madeira que entrava pelo mar dentro e se destinava à acostagem das enviadas e buques para descarrego do peixe, e também das barcas para embarque das conservas.

in Ainda Olhão e a Indústria de Conservas de Peixe – Luciano Cativo

O Império Júdice Fialho - por Luís Miguel Pulido Garcia Cardoso de Menezes

A fábrica de Olhão, estava localizada no local do Costado, freguesia e concelho de Olhão, distrito de Faro, e destinava-se a conservas de peixe em azeite, terminando a sua instalação a 20-3-1913 e através de um pedido de alvará de licença para exploração da fábrica passado pela Câmara Municipal de Olhão a 10-9-1917, estando «montado e explorado nas condições seguintes: 3 geradores de vapor; 1 motor a vapor; 5 máquinas cravadeiras; 2 aparelhos de iluminação “F P”; 3 bombas de alimentação; 2 (…) de puxar água; 2 cofres de ferro para cozer peixe; 1 estufa para ebulição. Pessoal todos nacionais: 1 mestre fabricante de conservas; 3 empregados de escritório; 25 trabalhadores; mulheres, conforme o peixe que houver».88

87cf. ADF, Cota: 5a CIProc. 583: Processo n.o 7 Unif. – Alvará n.o 188, documento 24 v.o, de 10-2-1939 e Jorge Miguel Robalo Duarte Serra, op. cit., p. 99.
88cf. ADF, Cota: 5a CIProc. 1037: Processo n.o 42 Unif. – Alvará n.o 939, documento 1, de 10-9-1917 e documento s/n de 18-5-1950: Relatório do agente fiscal da 5a Circunscrição Industrial e Jorge Miguel Robalo Duarte Serra, op. cit., pp. 65-66.

Nesta fábrica, existiam os seguintes equipamentos, máquinas e produção de energia em 1939: «Recebia energia para iluminação, da Empresa de Electricidade Olhanense Limitada, possuía 3 geradores de vapor e 1 motor de vapor de 18 CV. Em relação às máquinas para fabricação de conservas existiam 5 cravadeiras Matador, 1 cravadeira para lata redonda, 2 cofres simples, 1 bateria de duas caldeiras de fogo directo, 5 carros para cozedura, 6 carros para estufagem, 1 filtro de pressão normal para azeite, 1 máquina de azeitar. Para fabricar guano havia 2 prensas manuais para aperto de desperdício e 2 dornas para os cozer. Como utensílios diversos eram discriminados, 2 caldeiras de lavagem de grelhas, 1 caldeira para estranhar grelhas, 1 caldeira para fazer solda, 1 engenho de furar, 1 forja de fole e 2 bombas de vapor horizontais para tirar água».89

A fábrica de Olhão, produzia em 1933, 299 caixas, em 1934, 6588 caixas, e o seu melhor ano de produção foi o de 1927 com 20000 caixas, conseguindo produzir 25 caixas com as cravadeiras existentes na fábrica.90

89cf. ADF, Cota: 5a, CIProc. 1037: Processo No 42 Unif. – alvará n.o 939, documento 6 v.o, de 10-2-1939. 
90cf. ADF, Cota: 5a CIProc. 1037: Processo No 42 Unif. – Alvará n.o 939, documento s/n de 21-2-1935 e Jorge Miguel Robalo Duarte Serra, op. cit., p. 100.

A Indústria Conserveira na Construção da Malha Urbana no Algarve: Das Estruturas Produtivas à Habitação Operária (1900-1960) de Armando Filipe da Costa Amaro – Mestrado Integrado em Arquitectura – Dissertação – Évora 2020. Este documento em anexo, resulta do processo de trabalho para a localização dos edifcios industriais de produção de conservas. Na evidência de falta de trabalhos que identificassem e localizassem, corretamente, a maioria do parque industrial conserveiro, do Algarve, tornou-se premente colmatar essa lacuna. A informação compilada neste anexo é referente às fábricas, a sua localização e às diferentes empresas/proprietários, que trabalharam no mesmo edifício, ao longo do tempo. Tendo o objetivo de determinar, o surgimento e o periodo de tempo em que num determinado local funcionou uma fábrica de conservas.

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