As denominações ‘Angelo Parodi Fu Bartolomeu’, ‘Angelo Parodi Bartolomeu’ e ‘Angelo Parodi (Santa Maria)’ dizem respeito à mesma empresa.

Para sermos completamente rigorosos temos que referir três informações muito importantes que normalmente não surgem totalmente explicadas mas que juntas são fundamentais para compreensão destas empresas.

– A fábrica de conservas «Santa Maria» era propriedade da firma PARODI & ROLDAN, fundada em 1879. E esta, por sua vez, era propriedade da firma ANGELO PARODI FU BARTOLOMEU (Sociedade por Acções) e da firma M. G. ROLDAN.
A firma M. G. Roldan tinha sido fundada por Miguel Gomes Roldan, que faleceu em 1865.
Em 1879, aquando da fundação da fábrica de conservas, a firma era detida por Maria del Carmen Garcia-Pêgo (viúva de Miguel Gomes Roldan) e por Alfonso Gomez Sanchez.

 – A Angelo Parodi Fu Bartolomeu (Sociedade por Acções) existiu até 04 de agosto de 1913. A partir desta data passa a designar-se Angelo Parodi Fu Bmeo (Sociedade Anónima) por acto do notário Paollo Casanello, de Génova.

Esta designação existiu até 05 de Fevereiro de 1942, quando a volta a ser alterada para Angelo Parodi Fu Bmeo (Sociedade em Comandita Simples) por acto do notário Giuseppe Gaggero, de Génova. Esta designação existiu até 29 de Dezembro de 1973, quando a volta a ser alterada para a sua designação original, Angelo Parodi Fu Bartolomeu (Sociedade por Acções), por acto do notário Giuseppe Torrente, de Génova.

Estas alterações foram reconhecidas e validadas em Portugal, pelo Cartório Notarial de Lisboa, em 04 de Fevereiro de 1975.

 – O contexto da época: A razão porque vemos tantas vezes falar-se na ‘fábrica Angelo Parodi Fu Bartolomeu’, quando na realidade aquela fábrica foi criada em associação com outra firma, a M. G. Roldan, é porque há época era muito comum estas firmas serem constantemente referidas pelo nome do seu sócio principal. Isto acontece em inúmeras empresas do ramo conserveiro, até porque muitas vezes os outros sócios tiveram apenas como função injectar o capital inicial. Encontramos assim diferentes referências para a mesma informação, mas tal deve-se apenas a esse ‘costume’ (e são vários os casos na indústria das conservas).

Prof. Cláudia Rêga Santos