Les Arts en Portugal – A. Raczyski – pág. 479 – 1846

II y a peu de temps la côte de Setúbal fut visitée par des bancs de sardines si épais, si nombreux, que I’on prit Ia peine de les presser pour en tirer de l’huile; cette opération donna des bénéfices considérables. Une fois pressé, le poisson fut salé et entassé dans des barils pour être expédié en Italie ou il fut acheté et mangé par les pauvres gens. C’ est M. O’Neil qui a fait cette spéculation, et c’est de lui-même que je tiens le fait.

Les Arts en Portugal pag. 479 Par le Conte A. Raczyski – 1846


Não faz muito tempo, a costa de Setúbal era visitada por bancos de sardinhas tão grossas, tão numerosas, que merecia a pena o trabalho de prensá-las para extrair o óleo; esta operação trouxe benefícios consideráveis. Depois de prensado, o peixe era salgado e enfiado em barris para ser enviado para Itália, onde era comprado e comido pelos pobres. Foi o Sr. O’Neil quem fez essa especulação, e é dele que eu a mantenho.

Les Arts en Portugal pag. 479 Par le Conte A. Raczyski – 1846


“A. Raczyski (19)testemunha que o peixe era prensado, extraindo-se lhe o óleo e, posteriormente salgado e acondicionado em barricas e expedido para Itália, onde encontrava consumo entre os pobres. Por outro lado, no contrato de trabalho, acima citado, entre a sociedade Torlade e os estivadores espanhóis, indicam-se como funções destes “estivar, salgar e trabalhar com o peixe” ou outro trabalho de que fossem incumbidos pelo feitor.

Almeida Carvalho que cita e segue de muito perto as informações de Raczyski, nada adianta a este respeito. Diz-nos, no entanto, que “a princípio, alguns lucros auferiram, principalmente quando por esse tempo a costa de Setúbal era visitada por bancos de sardinha espessos e numerosos”. (20) Com este facto se prende, aliás, o estabelecimento desta unidade, como se depreende das palavras de Raczyski, acima citado. Ao que parece, a fábrica ainda funcionava em 1843, altura em que o mesmo escreveu a sua carta, datada de Lisboa, 6 de dezembro desse ano.”

in, Linhas de Evolução da Indústria Conserveira em Setúbal – Albérico Afonso e Carlos Mouro

 

 

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Scroll to Top