J. Wimmer & Cª - Olhão

NOME EMPRESA / COMPANY NAME: J. Wimmer & Cª

NOME FÁBRICA / FACTORY NAME: Factory name unknown

PROPRIETÁRIO / OWNER:

FUNDAÇÃO / FOUNDED: Unknown opening date

LABOROU EM / WORKED DURING:

ENCERRAMENTO / CLOSURE: Unknown closing date

Nº EMPRESA IPCP / IPCP COMPANY Nº: empresa nº315

ALVARÁ / CHARTER:

MORADA / ADDRESS:

CIDADE / CITY: Olhão

NO MESMO LOCAL FUNCIONOU / AT THE SAME LOCATION WORKED:

OUTROS LOCAIS / OTHER PLACES:
J. Wimmer & Cª – Lisboa

TIPO / TYPE: Exporters of canned fish in olive oil

FONTES / SOUCES:
A INDÚSTRIA DE CONSERVAS DE PEIXE NO ALGARVE (1865 – 1945) Joaquim Manuel Vieira Rodrigues

Texto retirado de:

A INDÚSTRIA DE CONSERVAS DE PEIXE NO ALGARVE (1865 – 1945)

Joaquim Manuel Vieira Rodrigues

Em 1942, a conserva de peixe exportada pelo centro de Olhão reduziu-se em 40,5%, em quilos, mas valorizou-se 31%, em comparação com o ano anterior. Neste ano há realçar três factos essenciais:

a) a total monopolização da conserva exportada para dois países, a Alemanha e a Suíça. Ambos adquiriram 77% da quantidade (quilos) exportada e 86% do seu valor total. Contudo, o maior comprador foi a Alemanha. Como já diversas vezes deixámos salientado, grande parte da conserva adquirida pela Suíça destinava-se à Alemanha. E, se assim terá sido, então a conserva encaminhada para este país terá assumido uma enorme proporção. Estes valores explicar-se-ão pelo contexto militar da altura. O império nazi encontrava-se em pleno apogeu nas várias frentes de guerra, desigualmente no leste europeu, com a invasão da URSS, em 22 de Junho de 1941. Muita conserva destinar-se-ia às várias frentes de combate, nomeadamente na Rússia e no Norte de África. O preço da conserva paga por estes dois países era superior à de qualquer outro;

b) outro facto importante a sublinhar foi a queda das exportações para a Inglaterra, quer a nível nacional, quer a nível dos centros algarvios;

c) finalmente, registar-se-ia apreciável exportação para a vizinha colónia inglesa de Gibraltar, o terceiro comprador para a indústria de conservas do Algarve. Mercadoria que destinar-se-ia aos exércitos britânicos no Norte de África em combates renhidos com o África Korps alemão, comandado por Rommel. Ambos os contendores se alimentavam de conservas fornecidas por um país aliado, para um, e amigo, para outro, com uma ambígua e difícil política de neutralidade.

O maior exportador de conservas por Olhão, em 1942, foi precisamente o agente alemão J. Wimmer & Cª, com 11,3% do peso total exportado, obviamente para o mercado alemão, seguido a grande distância por Lacasta, Lda, (6,35%), para a Suíça e Conservas Belamar, Lda (5,31%), cujo destino da sua conserva foi igualmente a Alemanha. Este país conseguiu, não só ocupar o lugar de principal comprador pela primeira vez desde o deflagrar do conflito, como foi o ano que maiores quantidades importou de todo o período da guerra.

Scroll to Top