J. Labrouche – Lagos

NOME EMPRESA / COMPANY NAME: J. Labrouche – Lagos

NOME FÁBRICA / FACTORY NAME: Fábrica “Portugal” ou “da Porta de Portugal”

PROPRIETÁRIO/OWNER: J. Labrouche

FUNDAÇÃO / FOUNDED: 

LABOROU EM/WORKED DURING: working in 1886

ENCERRAMENTO / CLOSURE: 1915

Nº EMPRESA IPCP/ IPCP COMPANY Nº: 

ALVARÁ / CHARTER:

MORADA / ADDRESS: Avenida dos Descobrimentos 

CIDADE / CITY: Lagos

NO MESMO LOCAL FUNCIONOU/AT THE SAME LOCATION WORKED:

OUTROS LOCAIS / OTHER PLACES:

TIPO / TYPE: Packers of canned fish in olive oil

FONTES / SOUCES:
– “Contributos para as Memórias de Lagos”, de José Carlos Vasques
– Inquérito Industrial de 1890;

– Vasquez, 2008;
– Castelo, 2018. 
– A Indústria Conserveira na Construção da Malha Urbana no Algarve: Das Estruturas Produtivas à Habitação Operária (1900-1960), Armando Filipe da Costa Amaro

MARCAS / BRANDS:

 

INQUÉRITO INDUSTRIAL DE 1890

Em 1890, realiza-se outro Inquérito Industrial (Inquérito de Gabinete), Carminda Cavaco, assinala 11 fábricas na região, 4 em Lagos, 1 em Portimão/Lagoa, 1 em Olhão e 5 em Vila Real de Santo António 98, no entanto ao analisarmos o inquérito, verificamos a existência de pelo menos mais duas fábricas situadas em Faro, uma em Alcantarilha/Armação (penso que será Armação de Pêra, desde sempre assinalada como zona de grande actividade piscatória), no concelho de Silves, e a referência a mais uma pequena indústria em Vila Real de Santo António. Neste inquérito não há nenhuma referência a Portimão.
…No concelho de Lagos são referenciadas as seguintes fábricas:

J. Labrouche – Lagos – Porta de Portugal, com o número médio por dia de operários de todos os ofícios de 86, não tem aprendizes, com o número médio de dias de trabalho por ano de 200.

in O nascimento de um império conserveiro:
“A Casa Fialho”
(1892 – 1939)

 

Fábrica de J. Labrouche – Porta de Portugal

A Fábrica J. Labrouche é uma das 4 fábricas referenciadas no Inquérito Industrial de 1890. Uma das unidades fabris estabelecidas em Lagos pela mão de empresários franceses.

A Fábrica “Portugal” ou “da Porta de Portugal” foi propriedade de um portimonense de nome Provisório. Foi destruída em 1915 por violento incêndio e utilizada como Mercado Municipal desde 1924.

No final dos anos 20 a quantidade extraordinária de capturas de sardinha, aliada às suas condições perecíveis e a uma frágil estrutura empresarial sedenta de operações comerciais, impulsionou o volume de produção e exportação. Todavia, o aumento da oferta não correspondia à procura externa, pois esta achava-se limitada pela redução do poder de compra e dos protecionismos da França e dos EUA. O aumento das exportações fez-se, então, à custa da forte redução de preços. HENRIQUES F. 2016

«O jornal do dia 22.03.1928 dá-nos conta que a mendicidade enxameava a cidade aos sábados, principalmente, e que junto ao portão do quartel, dezenas de pobres esperavam a hora do rancho para disputarem as sobras. O bairro da Ribeira, de pescadores, era um bairro imundo. Causa próxima: Verificava-se uma grande crise nas indústrias de conservas de peixe com grandes dificuldades de exportação do produto, por isso a cidade decaía a pouco e pouco, estava estagnada. Razão de fundo: a falta de um porto de pesca.» MENDES JP 1994

Esta citação evidencia a fragilidade da comunidade face a uma crise da indústria conserveira, da qual depende economicamente quase em exclusivo.

in Cem anos de Indústria Conserveira em Lagos – a memória em imagens – Francisco Castelo
Fototeca Municipal de Lagos 23 de Março de 2019

A Indústria Conserveira na Construção da Malha Urbana no Algarve: Das Estruturas Produtivas à Habitação Operária (1900-1960) de Armando Filipe da Costa Amaro – Mestrado Integrado em Arquitectura – Dissertação – Évora 2020. Este documento em anexo, resulta do processo de trabalho para a localização dos edifcios industriais de produção de conservas. Na evidência de falta de trabalhos que identificassem e localizassem, corretamente, a maioria do parque industrial conserveiro, do Algarve, tornou-se premente colmatar essa lacuna. A informação compilada neste anexo é referente às fábricas, a sua localização e às diferentes empresas/proprietários, que trabalharam no mesmo edifício, ao longo do tempo. Tendo o objetivo de determinar, o surgimento e o periodo de tempo em que num determinado local funcionou uma fábrica de conservas.
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