Fábrica Convento da Senhora da Glória, Lda.

NOME EMPRESA / COMPANY NAME: Fábrica Convento Srª da Glória – Lagos

NOME FÁBRICA / FACTORY NAME: Fábrica Convento Srª da Glória

PROPRIETÁRIO/OWNER:

FUNDAÇÃO / FOUNDED: 1921

LABOROU EM/WORKED DURING:

ENCERRAMENTO / CLOSURE:

Nº EMPRESA IPCP/ IPCP COMPANY Nº: 

ALVARÁ / CHARTER: 1924 eliminado em 31/12/1937

MORADA / ADDRESS: Estrada do Convento da Senhora da Glória, São Sebastião

CIDADE / CITY: Lagos

NO MESMO LOCAL FUNCIONOU/AT THE SAME LOCATION WORKED:

OUTROS LOCAIS / OTHER PLACES:

TIPO / TYPE: Packers of canned fish in olive oil

FONTES / SOUCES:
A Indústria Conserveira na Construção da Malha Urbana no Algarve: Das Estruturas Produtivas à Habitação Operária (1900-1960), Armando Filipe da Costa Amaro

MARCAS / BRANDS:

ARQUIVO DISTRITAL DE FARO
ACD/CI5 5ª Circunscrição Industrial 1896/1975
004 Vistorias para atribuição de alvará
001 Indústrias do pescado e derivados

FÁBRICA DE CONSERVA DE PEIXE EM AZEITE

SCOPE AND CONTENT 
Proprietário Fábrica Convento da Senhora da Glória, Lda., Estrada do Convento da Senhora da Glória, São Sebastião, concelho de Lagos. Alvará nº 4185, de 1924.
Eliminado em 31/12/1937.

REFERENCE CODE 
PT/ADFAR/ACD/CI5/004-001/0076
 
DATE RANGE
1921-01-08 Date is uncertain to 1937-12-31 Date is uncertain

Fábrica Convento Srª da Glória / Mário Gonçalves e Figueiredo (?)

Em 1921 é proprietário desta fábrica, o general Joaquim Cândido Correia. [Proc. da 5º Circ. Industrial – Cota: 455.]

Joaquim Cândido Correia
Proprietário agrícola nos concelhos de Lagos, Aljezur, Monchique e Odemira, esteve ligado à criação de um Sindicato Agrícola de Proprietários de que foi dirigente. Passou à situação de reserva graduado em general de Brigada em 4 de Nov. de 1909. Era Oficial da Ordem Militar de S. Bento de Avis e figura destacada da Maçonaria portuguesa. Por requisição do ministério do Reino foi administrador do concelho de Lagos nomeado em 10 de Jul. de 1900. Foi Presidente da Câmara Municipal de Lagos de 21 de Jan. a 4 de Fev. de 1918 e de 2 de Jan. de 1920 a 21 de Jan. de 1926.

Numa planta usada nos Estudos de Reabilitação Urbana da Cidade de Lagos, conduzidos pelo Arq. Rui Paula, podemos ver uma referência a “Mário Gonçalves e Figueiredo” junto à denominação “Fábrica Convento Srª da Glória”, serão os nomes dos proprietários numa época posterior?

in Cem anos de Indústria Conserveira em Lagos – a memória em imagens – Francisco Castelo – Fototeca Municipal de Lagos 23 de Março de 2019

Na documentação do Arquivo Municipal de Lagos foi possível encontrar várias referências para este período. No livro de Actas das Sessões da Câmara, de 1914 a 1919, é possível acompanhar um processo de instalação da fábrica da empresa Silva, Oliveira & C.ª. Em 1916 é deferido o pedido para que seja ligado um cano para abastecimento de água do aqueduto da cidade 11; depois, em janeiro de 1917, apresenta o pedido para a licença industrial para a fábrica instalada num prédio no Rossio de S. João 12, que é concedida em abril do mesmo ano 13. Também em 1917, a Sociedade de Conservas Bahia de Lagos, pediu autorização para a instalação de um cano para o abastecimento de água através do aqueduto da cidade. É referido ainda o seguinte caso:Deliberou que o Convento da Senhora da Glória arrendado a José Joaquim de Figueiredo só possa ser utilizado para o fim para que foi arrendado – isto é para fábrica de cortiça e não para fábrica de conservas14. Estas são, mais uma vez, empresas para as quais existem poucas referências, sendo apenas mencionadas mais tarde. A situação que se relata sobre o Convento da Senhora da Glória, é muito interessante, pois existiu mais tarde uma empresa de conservas denominada “Convento da Sr.ª da Glória, Lda”. E segundo este documento, o Convento estava arrendado para utilização industrial, sugerindo que ali funcionou uma fábrica de conservas, embora não tenha sido com essa intenção que foi arrendado.

in – A indústria conserveira em Lagos (1882-1925)  / Lagos’ canning industry (1882-1925)
Armando Amaro – Universidade de Évora
Arqueologia Industrial Quinta Série / Volume III / Número 1-2 / 2021

 A Indústria Conserveira na Construção da Malha Urbana no Algarve: Das Estruturas Produtivas à Habitação Operária (1900-1960) de Armando Filipe da Costa Amaro – Mestrado Integrado em Arquitectura – Dissertação – Évora 2020. Este documento em anexo, resulta do processo de trabalho para a localização dos edifcios industriais de produção de conservas. Na evidência de falta de trabalhos que identificassem e localizassem, corretamente, a maioria do parque industrial conserveiro, do Algarve, tornou-se premente colmatar essa lacuna. A informação compilada neste anexo é referente às fábricas, a sua localização e às diferentes empresas/proprietários, que trabalharam no mesmo edifício, ao longo do tempo. Tendo o objetivo de determinar, o surgimento e o periodo de tempo em que num determinado local funcionou uma fábrica de conservas.

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