Viúva Macieira & Filhos

NOME EMPRESA / COMPANY NAME: Viúva Macieira & Filhos

NOME FÁBRICA / FACTORY NAME: PROGRESSO

PROPRIETÁRIO/OWNER:

FUNDAÇÃO / FOUNDED: 1906

LABOROU EM/WORKED DURING:

ENCERRAMENTO / CLOSURE: 1927

Nº EMPRESA IPCP/ IPCP COMPANY Nº:

ALVARÁ / CHARTER:

MORADA / ADDRESS: Rua Oriental do Mercado

CIDADE / CITY: Setúbal

NO MESMO LOCAL FUNCIONOU/AT THE SAME LOCATION WORKED:

OUTROS LOCAIS / OTHER PLACES:

TIPO / TYPE: Packers of canned fish in olive oil

FONTES / SOUCES:
– Boletim do Trabalho Industrial, nº 2, Lisboa, 1906
– A Industria das conservas de peixe em Setúbal 2015
– Jornal A Industria 1924
– Jornal A Industria 1927

Actividades da sociedade Viúva Macieira & Filhos

Investigação de Prof. Cláudia Rêga Santos

A sociedade Viúva Macieira & Filhos nasce em 1804 e teve, para além da produção de conservas, negócios diversificados, como uma fábrica de papel, uma fábrica de sabão, foram concessionários de uma mina de antimónio (em Paredes) e chegaram a exportar chaves para latas de conservas (não significa que tivessem uma fabrica própria, muitas destas encomendas eram concessionadas a outras fábricas que as executavam em seu nome).

Fábrico de sabão: Segundo o historiador Alberto Pimentel, no princípio do século XX, em 1908, existiam no Beato várias unidades fabris, uma delas a Fábrica de Sabão, pertencente à Viúva Macieira & Filhos. Esta informação consta de várias publicações, inclusive a de 2015, do historiador João Santana da Silva, intitulada ‘Marvila moderna: uma cidade operaria”. Excerto: 
(…) “Desde o século XIX, o setor dos sabões recebia a maior atenção do Estado português, sendo um dos mais privilegiados pelo poder político, que levara a cabo várias medidas protecionistas para a criação destes e de outros produtos derivados no espaço nacional. Nas zonas de Xabregas, Beato e Marvila, a tradição desta indústria foi muito forte ao longo de cerca de duzentos anos. No início do século XX, existiam ali várias fábricas de sabão: a de Costa & Costa, no Grilo; a da Viúva Macieira & Filhos, no Beato; a de Sousa & C.ª, também no Beato; e a de Miguel P. da Costa Soares, em Marvila.” (…)

Exportação de chaves para latas de conservas

Fabrico de papel: Segundo a proposta de desclassificação da Fábrica de Papel do Boque ou Fábrica de Papel em Serpins, a Câmara Municipal da Lousa afirma em 2018: 
“(…) A Fábrica de Papel do Boque foi fundada no ano de 1861 por José Joaquim de Paula, industrial que em 1821 havia fundado a Fábrica de Papel de Góis, em Ponte do Sótão. A primeira fase de edificação do Boque prolongou-se entre o ano da fundação e 1868 (1.ª fase), ano em que se instalaram as primeiras máquinas no local e se deu início à produção de papel. Alguns anos depois, durante a década de 70 de Oitocentos, a fábrica foi vendida à empresa Viúva Macieira e Filhos, atual proprietária dos edifícios. Iniciou-se, assim, a segunda fase de construção, com a construção de novos edifícios adjacentes ao núcleo primitivo e a introdução de novos maquinismos, que incluíam uma máquina de fabrico de papel contínua, a primeira do género a laborar em Portugal. (…)”
Esta fábrica é mencionada em diversas notícias, publicações, diários da república, etc….

Havia também uma tipografia, ou como referiam uma ‘Papelaria com trabalhos tipográficos’, e desta houve livros que foram impressos.

Mina de Antimónio – Extrato do diário da República de 1950

Transportes de navegação:  Negócios na área dos transportes de navegação (inicio de século XX)

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