Tenório brand
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NOME EMPRESA / COMPANY NAME: Viúva e Herdeiros de Francisco Féria Tenório – VRSA
NOME FÁBRICA / FACTORY NAME: SÃO FRANCISCO
PROPRIETÁRIO/OWNER:
FUNDAÇÃO / FOUNDED: 16/01/1960
LABOROU EM/WORKED DURING:
ENCERRAMENTO / CLOSURE:
Nº EMPRESA IPCP/ IPCP COMPANY Nº:
ALVARÁ / CHARTER: 1960 caducou em 30/11/1970
MORADA / ADDRESS: Rua Francisco Rodrigues Tenório, nº 5, 7 e 9
CIDADE / CITY: Vila Real de Santo António
NO MESMO LOCAL FUNCIONOU/AT THE SAME LOCATION WORKED:
OUTROS LOCAIS / OTHER PLACES:
TIPO / TYPE: OFICINA DE ANCHOVAGEM DE BIQUEIRÃO
FONTES / SOUCES:
A Indústria de Conservas de Peixe no Algarve (1865 – 1945) Joaquim Manuel Vieira Rodrigues
Memórias & Documentos volume III, de António Horta Correia
MARCAS / BRANDS:
Após o falecimento de Francisco Rodrigues Tenório, a fabrica São Francisco ficou pertencendo a seu filho Francisco Feria Ten6rio (1870-1923) que, sendo alferes do regimento de Caçadores n° 4, foi expedicionário na África Ocidental em 1897, depois serviu como tenente e capitão na Guarda Fiscal. Par seu falecimento em 20.09.1923 foi constituída a sociedade “Viúva e Herdeiros de Francisco Feria Tenório“, proprietária da fábrica São Francisco.
in Memórias & Documentos volume III, de António Horta Correia
Texto retirado de: A Indústria de Conservas de Peixe no Algarve (1865 – 1945) Joaquim Manuel Vieira Rodrigues
Em 1880, foi a vez do industrial espanhol Tenório fundar a fábrica “S. Francisco”, dedicada, igualmente, ao fabrico de atum em escabeche. Os instrumentos de produção desta unidade “industrial” reduziam-se a 4 caldeiras de ferro para coser o atum, pois não dispunham de quaisquer motores.
A força de trabalho era, igualmente, em menor número do que a do seu concorrente Parodi: era constituída por 15 a 20 operários, 30 a 40 operárias, e 4 menores. A jornada de trabalho, pelo contrário, era superior em uma hora: o trabalho prolongava-se por 15 horas, 10 de dia e 5 à noite. Em relação ao salário, os operários auferiam entre os 400 e os 900 réis diários, as operárias idêntico valor ao da fábrica Parodi e os menores ficavam-se, apenas, por 120 réis.
Para não destoar da sua nacionalidade, importava azeite de Espanha, mas também de Itália, assim como importava folha-de-flandres. Matérias-primas que em 1881 custavam 6 contos. Para o mesmo período de laboração da fábrica de Parodi, Tenório exportou 100.000 kg de atum, no valor de 18 contos.
Quer um, quer outro dos industriais dependia da manutenção do drawback [1] para o azeite importado de Itália e de Espanha, tendo em conta a má qualidade do congénere nacional. Ambos defendiam, também, a moderação da pauta de exportação para os seus produtos «porque o valor de 250 réis em kilograma de atum é muito superior àquele por que se vende no mercado de Itália» [2].
Em 1903, três das fábricas de conservas de atum, pertenciam a industriais italianos[3].
As matérias-primas subsidiárias, azeite e folha-de-flandres continuam a ser essencialmente importadas, aquele de Espanha e Itália, esta de Inglaterra.
[1] Drawback – regime alfandegário que consistia em restituir parcial ou totalmente os direitos aduaneiros na importação de matérias-primas quando os produtos manufacturados eram exportados. Este regime levantaria acesa polémica entre os industriais conserveiros nos anos 20 e 30.
[2] Inquérito Industrial de 1881.
[3] Estatística Industrial dos Distritos de Évora, Beja e Faro, p. 315.
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Viúva e Herdeiros de Francisco Féria Tenório – Vila Real de Santo António
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