Societé Brestoise - Sesimbra

NOME EMPRESA / COMPANY NAME: Societé Brestoise

NOME FÁBRICA / FACTORY NAME: Factory name unknown

PROPRIETÁRIO / OWNER:

FUNDAÇÃO / FOUNDED: Unknown opening date

LABOROU EM / WORKED DURING:

ENCERRAMENTO / CLOSURE: Unknown closing date

Nº EMPRESA IPCP / IPCP COMPANY Nº:

ALVARÁ / CHARTER:

MORADA / ADDRESS:

CIDADE / CITY: Sesimbra

NO MESMO LOCAL FUNCIONOU / AT THE SAME LOCATION WORKED:

OUTROS LOCAIS / OTHER PLACES:

TIPO / TYPE: Packers of canned fish in olive oil

FONTES / SOUCES:
O SESIMBRENSE 25 Julho 2012João Augusto Aldeia

MARCAS / BRANDS:

Fábricas francesas em Sesimbra

A unidade fabril construída pela firma Ouzille & Companhia não foi a primeira “fábrica francesa” de Sesimbra:
na zona a beira mar, que também era conhecida como “Calvano” – e onde depois esteve a fábrica da Companhia Nacional de Conservas – existiu outro investimento de franceses, duma Societe Brestoise. Não se conhecem muitos pormenores sobre esta fábrica, e é provável que tenha sido absorvida pela Companhia Nacional de Conservas.

Mas houve outros investimentos de conserveiros franceses em Sesimbra: já referimos no Sesimbrense, quando escrevemos sobre o actual edifício do Mercado, que o conserveiro francês Leon Delpeut esteve por trás da constituição da fábrica de conservas de Marques Pereira & Figueiredo, em 1897, e toda a gente o conhecia em Sesimbra como o verdadeiro proprietário e administrador daquela fábrica.

Outra firma francesa, a Ferdinand Garrec, adquiriu esta mesma fábrica em Abril de 1900 – mas Leon Delpeut, que era também seu sócio, é que continuou a dirigir as operações fabris.

A firma Ouizille construiu em 1904 o edifício fabril cuja história contamos hoje, mas cuja propriedade passaria mais tarde para uma outra firma francesa: Arsène Saupiquet.

E poderia ter havido ainda uma outra fábrica de conservas francesa:
o fabricante Chancerelle adquiriu também terreno próximo da praia de Sesimbra com esse mesmo fim. Mas, em 1901, a Companhia Nacional de Conservasviria a adquirir uma faixa de terreno entre aquela propriedade e a praia, possivelmente com o objectivo de impedir a construção de uma fábrica concorrente.

Na reunião de 15 de Dezembro de 1910, o presidente republicano Lino Correia disse a Câmara que “entre o edifício da Fábrica Nacional e a Fonte da Califórnia existe uma enorme faixa de terreno, que pela sua proximidade com o mar se adapta perfeitamente para a construção de umas fábricas de conservas de peixe, constando-lhe porém que os terrenos pertencem a dita Fábrica Nacional que os comprou para obstar a que neles se edificassem fábricas similares, prejudicando
assim o desenvolvimento industrial do concelho.”Nesta mesma reunião a Câmara deliberou adquirir esse terreno, mas tal nunca se viria a concretizar.

O SESIMBRENSE
25 Julho 2012
João Augusto Aldeia

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