Os Açorianos e as Pescas, 500 anos de memórias - Cofaco

Cofaco Açores

Instalada no Iugar da Areia Larga, freguesia e concelho da Madalena do Pico, esta empresa é líder nacional das conservas de atum e uma das grandes transformadoras a nível europeu.

Tudo começou no ano de 1962, quando a “Cofaco” estendeu a sua actividade ao arquipélago dos Açores. Desembarcou em Ponta Delgada e no mesmo ano comprou o alvará de labora<;ao de conservas de peixe a firma “Peixoto Salema e Chico Campos”, que era uma antiga industria que estava obsoleta, não se compadecendo com o volume de peixe que era necessário laborar por dia. Em 1964 entrou a ampla fábrica em laboração, com os requisitos exigidos para aquela época, que permitia laborar vinte toneladas de peixe por dia. A nova fábrica, por não estar equipada com rede de frio, durante a safra laborava dia e noite com três turnos de 120 operários por turno. A mão-de-obra era recrutada nas freguesias da Criação Velha e Sete Cidades.

O papel desempenhado pela Cofaco foi e ainda e de grande alcance social, pelos postos de trabalho que criaram e pelas divisas que geram com exportação. Foi importantíssimo o ritmo de modernidade que imprimiram a industria conserveira, aproveitando outras variedades de peixe para conserva para além da albacora, que permitia alargar o período de laboração, aproveitando recursos do mar e pagando salários para quem necessitava de trabalhar. A fábrica possuía uma oficina equipada com artifices que apoiavam a manutenção e reparação dos equipamentos de laboração, a quem recorriam com frequência os serviços oficiais, câmaras da ilha e secção de obras públicas, prestando ainda serviços gratuitos, como o fornecimento de energia eléctrica a comissões locais que preparavam eventos de caracter social.

O mercado de exportação das conservas da “Cofaco” dos Açores era Espanha, Itália e Estados Unidos da America. A transformação do atum da “Cofaco” obedece aos padrões de qualidade exigidos pelo departamento norte-americana Food and Drugs Administration, recebendo periodicamente a visita de um técnico daquele departamento para verificar os parâmetros dos indicadores de qualidade exigidos pela lei norte-americana. A “Compico”, é o nome da frota atuneira que pesca para a “Cofaco”, que inicialmente era pintada de vermelho_ A frota azul, traineiras pintadas de azul claro, pertenciarn aos armadores do Faial e Pico. A actual “Compico” já inclui embarcaçães pintadas de azul.

O sócio fundador da “Cofaco”, Dr. José Gomes Cumbrera, de origem espanhola, nascido em Vila Real de Santo António, popularmente conhecido por Pepe Cumbrera, cujo nome e patrono de uma traineira, teve uma importante influência para que a “Cofaco” se deslocasse para os Açores em 1962.

No ano 2005, com 235 trabalhadores, a fabrica produziu 29.862.830 latas de conserva convertidas a 1/4 clube.

(26) Elementos gentilmente fornecidos pelo antigo sócio-gerente Francisco do Carmo Alves Pessanha, nascido em Vila Real de Santo António em 1923 que dirigiu a presença da ‘ Cofaco” nos Açores desde 1962.

Cofaco Arores

This company, Portugal’s leading tuna canner and one of the largest in Europe, is based at Areia Larga, in the council of Madalena on the i land of Pico.

It all began in 1962, when Cofaco branched out to the Azores. Starting in Ponta Delgada, they bought the fish canning license of the firm Peixoto, Salema e Chico Campos, an old and obsolete factory that was incompatible with the amount of fish that needed to be processed per day.

In 1964 the enlarged, modernized factory came into operation, capable of processing twenty tons of fish a day.

The new cannery didn’t have a cooling system, so during the harvest it operated day and night in three shifts of 120 workers each. The labor force was recruited in the parish of Criação Velha and Sete Cidades.

Cofaco made a big contribution to local society through the jobs it created and the revenue it generated from export. It left a vital stamp of modernity on the canning industry by processing other species besides albacore. This meant the cannery could operate at other times of the year, thereby making the most of the sea’s resources and paying wages to those who needed work.

The factory had a workshop with machines for maintaining and repairing the processing equipment, which was often used by government services, local councils and public works departments. It also provided free services, such as supplying electricity to local committees organizing social events.

The export market of Cofaco’s Azores branch consisted of Spain, Italy and the United States. Cofaco’s tuna processing conforms to the quality standards required by the US Food and Drugs Administration, and the company is regularly visited by an official from that department to check compliance with the parameters of the quality indicators required under US law.

The name of the tuna fleet that fishes for Cofaco, which was originally painted red, is Compico. The blue fleet, whose trawlers were painted pale blue, belonged to the shipowners of Faial and Pico. The present Compico includes boats painted blue.

Cofaco’s founding director was Dr. José Gomes Cumbrera, of Spanish origin but born in Vila Real de Santo António, and popularly known as Pepe Cumbrera. One of the trawlers was named after him. He had an important influence on Cofaco’s move to the Azores in 1962.

In 2005, the cannery had 235 employees and produced 29,862,830 converted 1/4 club cans.

lnformation kindly provided by the former managing director, Francisco do Carrno Alves Pessanha, born in Vila Real de Santo António in 1923 who ran Cofaco m the Azores after 1962.

in, Os Açorianos e as Pescas, 500 anos de memórias – João A. Gomes Vieira

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