1917
O Inquérito Industrial de 1917 refere a existência de 688 operários a trabalhar nas conservas;
As mulheres continuam a ter uma expressão reduzida mas com presença assinalável na indústria conserveira.
A I Guerra Mundial irá promover o desenvolvimento da indústria conserveira, em toda a península de Setúbal. Em Almada, em 1910 apenas existia uma, a fábrica A. Leão & C.ª, já durante os anos da Guerra (1914-1918) surgem mais 4 fábricas: a Lisbonense, a Carvalho Serra Limitada [não era armazenista de diversos produtos?], a Sociedade Amizade Limitada e a Sociedade de Conservas de Portugal.
(Joana Dias Pereira, A formação da classe operária portuguesa e o caso de estudo almadense, in Anais de Almada, 13-14, 2010-2011, p. 145 e 147)
1919
Entre 1917-1920 decorre a segunda grande onda grevista no primeiro quartel do século XX, em Almada. E com maior representatividade das mulheres. Também foram organizadas greves no sector das conservas. A Lisbonense, a Invencível e a Luís Filipe entram em greve a 7 de Agosto de 1919, por aumentos salariais de 2 centavos por hora e que teve o apoio dos soldadores.
(Joana Dias Pereira, «A formação da classe operária portuguesa e o caso de estudo almadense», in Anais de Almada, 13-14, 2010-2011, p. 174)