Gruis & Viana - Setúbal

NOME EMPRESA / COMPANY NAME: Gruis & Viana

NOME FÁBRICA / FACTORY NAME:

PROPRIETÁRIO / OWNER: William Gruis
“cidadão inglês William Gruis, residente em Lisboa há vários anos, grande negociante nos mais diversos ramos e ligado à alta finança da capital, fundador em 1865, em conjunto com o visconde da Junqueira José Dias Leite Sampaio e Anselmo Ferreira Pinto Basto, da “Companhia União Fabril”, para o fabrico e comércio de tabaco, sabão e oleaginosas. “

in Memórias & Documentos volume III, de António Horta Correia

FUNDAÇÃO / FOUNDED: 4 de Janeiro de 1888

LABOROU EM / WORKED DURING: 

ENCERRAMENTO / CLOSURE: 11 de Fevereiro de 1889 por trespasse à Companhia Indústrial

Nº EMPRESA IPCP / IPCP COMPANY Nº:

ALVARÁ / CHARTER:

MORADA / ADDRESS: Escritório no largo de São Julião nº 12 – Lisboa

CIDADE / CITY: Setúbal

NO MESMO LOCAL FUNCIONOU / AT THE SAME LOCATION WORKED:

OUTROS LOCAIS / OTHER PLACES:

TIPO / TYPE: Packers of canned fish in olive oil

FONTES / SOUCES:
Gazeta Setubalense Nº998 – 8 Julho 1888
Memórias & Documentos volume III, de António Horta Correia

MARCAS / BRANDS:

 

Assim, em 4 de Janeiro de 1888, William Gruis, tornou-se fabricante de conservas de peixe em Setúbal, pelo trespasse que nessa data comprou a Francisco de Sá Nogueira e seu sócio José Borges de Castro, “do arrendamento do terreno na rua da Praia da Doca, em Setúbal, com todas as edificações ou benfeitorias que lá existem, e bem assim a fábrica que ali montaram, com todo o material e utensílios hoje existentes e constantes de uma nota que nesta acto entrega ao segundo outorgante e por ambos assinada; que neste trespasse se compreendem também trezentas grelhas para a caldeira de frigir, sistema La Gillardaie, que serão entregues já despachadas na alfândega de Lisboa, (. .. ) pelo preço total de seis contos seiscentos e quarenta mil reis, de que o segundo outorgante lhe aceitou letras a vencer a três, seis, nove e doze meses desta data e mais uma tetra de trezentos mil reis para fazer face ao pagamento de uma outra letra de trezentos e três mil reis da casa Parton, de Paris, importância duma factura de trinta caixas de folha acharoada que se obriga a entregar na alfandega de Lisboa, sujeitas ao competente despacho. ( … ).”

Com a finalidade de consolidar os seus investimentos na indústria de conservas de peixe, William Gruis conseguiu atrair alguns dos principais financeiros da capital para a constituição de uma sociedade que tinha como um dos seus objectivos o fabrico e comércio de conservas de peixe, com o avultado capital de 60 contos de reis, autorizado a aumentar para 200 contos. Era a “Companhia Industrial“, que iria ter um papel preponderante no futuro da fábrica São Francisco.

“Poucos dias depois, por escritura de 11 de Fevereiro de 1889, William Gruis trespassou à “Companhia Industrial”, representada por Carlos de Lima Mayer e Tomaz Alfredo dos Santos, a sua fábrica de conservas de Setúbal, “com sublocação do arrendamento, com o direito à sua renovação, e com venda de todas as suas edificações, máquinas, utensílios, matérias primas, produtos fabricados, marcas de fábrica e quaisquer direitos, certos e eventuais que respectivamente possua ou a que tenha direito”.

in Memórias & Documentos volume III, de António Horta Correia

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