Gio Batta Trabucco - Olhão

 NOME EMPRESA / COMPANY NAME: Gio Batta Trabucco

NOME FÁBRICA / FACTORY NAME:

PROPRIETÁRIO/OWNER:

FUNDAÇÃO / FOUNDED: 1896

LABOROU EM/WORKED DURING:1916; 1917; 1924; 1936; 1946; 1948. 

ENCERRAMENTO / CLOSURE:

Nº EMPRESA IPCP/ IPCP COMPANY Nº: 41

ALVARÁ / CHARTER:

MORADA / ADDRESS: Largo da Feira (ou Prainhas)

CIDADE / CITY: Olhão

NO MESMO LOCAL FUNCIONOU/AT THE SAME LOCATION WORKED:

OUTROS LOCAIS / OTHER PLACES:
Office / Escritório  Praça Duque da Terceira, 24 – 4º Lisboa
Gio-Batta Trabucco – Porto Brandão

TIPO / TYPE: Packers of canned fish in olive oil

FONTES / SOUCES:
– Rodrigues, 1997;
– Jornal da Europa 1924;
– Guia TurÍstico do Concelho de Olhão de 1946;
– Revista de Conservas de Peixe nº25,1948;
– Arquivo Municipal de Olhão. 
– Ainda Olhão e a Indústria de Conservas de Peixe – Luciano Cativo
– A Indústria Conserveira na Construção da Malha Urbana no Algarve: Das Estruturas Produtivas à Habitação Operária (1900-1960), Armando Filipe da Costa Amaro

Gio Batta Trabucco: Firma fundada em 1896.

Transformada em Gio Batta Trabucco, Limitada por escritura de 07/08/1921, com sede em Olhão, sucursal em Porto Brandão e escritório em Lisboa (anexo à sucursal de Porto Brandão).

Na década de 50 a fábrica localizava-se na Praça João de Deus (Olhão).

A Gio Batta Trabucco, além da marca Chantecler, foi também foi proprietária das marcas:

– ‘Mercedes’, registada em Portugal, em Dezembro de 1910;

– ‘Monoplane’, registada em Portugal em Janeiro de 1911

– ‘Janus Brand’, registada em Portugal desde Dezembro de 1920 (com adições em 1929 e 1934).

Esta marca foi registada pela empresa Gio Batta Trabucco Limitada, nos E.U.A., em 1940 (pedido realizado em Junho e autorizado em Outubro) 1911.

– ‘Le Canot’– registada em Portugal desde Agosto de 1910.

A Gio Batta Trabucco, Limitada foiproprietária das marcas:

– ‘Nereide’, registada em Portugal em Maio de 1929. Esta marca foi registada internacionalmente a 03 de Setembro do mesmo ano.

– ‘Reveil de l’Eggypte’ – registada em Portugal em 1929.

– ‘Olhão Brand’ – registada em Portugal em 1930.

Informação fornecida pela  Prof. Cláudia Rêga Santos

 A Indústria Conserveira na Construção da Malha Urbana no Algarve: Das Estruturas Produtivas à Habitação Operária (1900-1960) de Armando Filipe da Costa Amaro – Mestrado Integrado em Arquitectura – Dissertação – Évora 2020. Este documento em anexo, resulta do processo de trabalho para a localização dos edifcios industriais de produção de conservas. Na evidência de falta de trabalhos que identificassem e localizassem, corretamente, a maioria do parque industrial conserveiro, do Algarve, tornou-se premente colmatar essa lacuna. A informação compilada neste anexo é referente às fábricas, a sua localização e às diferentes empresas/proprietários, que trabalharam no mesmo edifício, ao longo do tempo. Tendo o objetivo de determinar, o surgimento e o periodo de tempo em que num determinado local funcionou uma fábrica de conservas.

Texto retirado de:

A INDÚSTRIA DE CONSERVAS DE PEIXE NO ALGARVE (1865 – 1945)

Joaquim Manuel Vieira Rodrigues

Outra importante empresa com sede em Olhão e uma sucursal em Porto Brandão foi a de Gio-Batta Trabuco, cuja origem remontava já a 1896, mas que a 7 de Agosto de 1921, formou uma sociedade por quotas com um capital social de 200 contos. Os sócios e respectiva quota eram: Gio-Batta Trabuco (140 contos), Angelo Semino (40 contos), Luigi Vaccheri (10 contos) e Juan Gomes Fernandes (10 contos). Os três primeiros certamente italianos, o quarto provavelmente espanhol ou de origem espanhola. A diferença económica do quarteto era por demais evidente. A quota de Gio-Batta Trabuco era representada por todos os maquinismos, ferramentas e utensílios e por uma parte das matérias-primas e produtos manufacturados existentes nas suas fábricas de Olhão e de Porto Brandão. Contudo, a outra parte restante das mesmas matérias-primas e produtos manufacturados nelas existentes ficariam a pertencer, de futuro, à sociedade agora constituída, pelo que Gio-Batta ficaria credor da sociedade pelo valor das referidas matérias-primas e produtos manufacturados, ficando este capital, de futuro, e enquanto não fosse pago, a vencer o juro anual de 6%. Os edifícios onde se encontravam instaladas ambas as unidades de produção não entrariam para a sociedade pelo que continuavam sendo propriedade do Gio-Batta Trabuco[1].

[1] Gazeta de Olhão, nº 73, 13/11/21, p. 3.

Gio Batta Trabucco

Esteve sempre no ex  -Largo da Feira (ou Prainhas). Cessou a sua actividade que passou a ser exercida por um industrial de frutos secos, de Armação de Pêra, o Sr. Vieira Rodrigues. Este, não lhe interessando mais a continuação da fábrica, promoveu a venda do edifício, que foi demolido para serem construídos diversos blocos de apartamentos.

in Ainda Olhão e a Indústria de Conservas de Peixe – Luciano Cativo

Scroll to Top