Escritura de aforamento Torlades & Companhia - 13 de Janeiro de 1836

 A segunda unidade que conhecemos em Setúbal foi montada entre 1836 e 1838 num terreno baldio, na praia do Cadoz (16) ao poente do cais novo. Este terreno fora aforado, em 13 de Janeiro de 1836 (17) pela Câmara Municipal de Setúbal à firma Torlades & Companhia.  in Linhas de Evolução da Indústria Conserveira em Setúbal – Albérico Afonso e Carlos Mouro

Arquivo Distrital de Setúbal – Fundo Notarial:  PT/ADSTB/NOT/2CNSTB/001/00062

“Escritura de aforamento em XXXX perpetua de um terreno baldio, sito na Praia denominada do Cadoz, ao Poente do Caes Novo, extremos desta vila que dá a Ilustrissima Câmara Municipal deste concelho, à sociedade de Torlades & Companhia pelo valor anual de 6$4000.

Saibam os que esta virem, que no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e trinta e seis, aos treze dias do mês de janeiro do dito ano, nesta notável vila de Setúbal, em meu escritório, compareceram o ilustríssimo Gabriel António Henriques, actual vereador da Câmara Municipal desta vila, por si e na qualidade de Procurador da mesma Câmara, e o ilustríssimo Augusto Silva, negociante, como procurador bastante de Torlades & Companhia, o que fizeram evidente pelos documentos que apresentaram, e nesta não transcripto, ambos contemplados, que que reconheço e dou fé serem os próprios que presentes estavam. Então pelo ilustríssimo Gabriel António Henriques me foi dito, perante as testemunhas nomeadas ao adiante, e no fim assinadas, que Torlades & Companhia, havia requerido aforar um terreno sito na praia e margem do rio, que fica no Cadoz, extra muros desta vila, entre os lotes denominados Caes Novo e São Francisco, para ali, por conta da mesma sociedade, estabelecer-se uma fábrica de emprensar sardinha, e mais pescarias, e bem formar uma doca contigua à mesma fábrica, da qual utilizaria não só aquele estabelecimento, mas também gerais, quer embarcações que se pretendam abrigar do rigor das tempestades.”

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