Armindo Moreira Lopes - Valongo - Porto

1940 Armindo Moreira Lopes (A.M.L)

Inicia em Valongo o fabrico de brinquedos em folha, encerrando as instalações em 1975.

Criou a maior variedade e quantidade de brinquedos.

Em 1940, um funcionário de “JAJ”, de seu nome Armindo Moreira Lopes, com a sigla “AML”, com ferramentas e modelos cedidos por “JAJ”, continua com o fabrico de brinquedos em chapa na Vila de Alfena, criando por si só novos modelos, onde se destacaram, Carro Pulga, Carro Bicudo, Carro Bugati, brinquedos estes que eram transportados por “Carreteiras”, duas mulheres com tabuleiros à cabeça, que os levavam até à estação da CP em Campanhã (Porto), para assim seguirem o seu destino, tendo este artesão desenvolvido o seu fabrico até ao ano de 1975.

texto retirado de https://www.almatoys.pt

1975 – Armindo Moreira Lopes (A. M. L.) encerra a sua fábrica em Ermesinde, ficando com um espólio de centenas de brinquedos (são os brinquedos, luzidios e coloridos, que se vêem nas feiras, leilões e casas da especialidade).

Armindo Moreira Lopes

Antigo empregado de José Augusto Júnior, resolveu estabelecer-se como fabricante de brinquedos de folha, curiosamente depois do seu casamento com uma antiga empregada da Família Moura, de Ermesinde.

Armindo Lopes era um dos últimos resistentes no país deste tipo de brinquedos e, mesmo com todas as contrariedades e prejuízos que, por vezes, a teimosia lhe acarretava, manteve a oficina aberta até à sua morte.

Mesmo sem apoio as suas criações, ou directa, ou através de algum intermediário, continuava a aparecer nas feiras de artesanato de todo o país.

Dos quase cerca de trezentos modelos que, no período áureo, desenvolvia e que ainda hoje figuram no mostruário da oficina, passou depois a apostar apenas em vinte modelos.

Destes, os mais conhecidos eram os carros de bombeiros, os jipes e as locomotivas. Por último, apenas recriou uma locomotiva e um eléctrico, modelos que continuam a atrair os coleccionadores.

Os seus dois filhos (222) continuaram com essa espinhosa missão mas, reconheça-se, agora com maior dificuldade. Em conversa recente com eles, e isto apesar de manterem as instalações operacionais, ficamos com a impressão que o seu maior problema, neste momento, é venderem os cerca de sessenta mil modelos que tem em armazém, para depois decidirem qual o rumo a tomar. Estamos convencidos, contudo, pelo que ouvimos que, independentemente de conseguirem gerir ou não os Stocks que o pai lhes deixou, a solução final, que não deve demorar muito, vai passar, infelizmente, pelo fecho das instalações ou pela sua reconversão para outros fins.

222- Aproveitamos para agradecer aos seus dois filhos, em especial ao Carlos Manuel, a amabilidade com que nos receberam nas suas instalações, na Codiceira, dando-nos as explicações necessárias para a elaboração deste artigo.

 in Livro ERMESINDE: MEMÓRIAS DA NOSSA GENTE – Jacinto Soares

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