Os Açorianos e as Pescas, 500 anos de memórias - Nicolau de Sousa Lima & Filhos

Nicolau de Sousa Lima & Filhos, Lda

Fábrica de guanos de farinha de peixe

Dispõe de uma fábrica de produção de rações para animais, que por vezes emprega a farinha de peixe para incorporar nas suas produções, sempre que encontra matéria-prima (restos de peixe), bem como farinha de carne e dos ossos do cachalote, que durante vários anos adquiriu na ilha das Flores. Segundo o Dr. Cymbron que era técnico responsável pela composição dos elementos que incorporavam os vários tipos de rações, ficava impressionado com o elevado teor de fósforo contido na farinha de ossos proveniente da ilha das Flores, que chegava a duplicar as percentagens de outras ilhas. A explicação plausível para esta particularidade, devia-se ao facto de durante a secagem dos ossos, que era feita no exterior a céu aberto, a poucos metros do mar, que era batido por fortes tempestades, o fósforo contido no mar ia-se depositando nos ossos, que se tornam extremamente porosos após a secagem.

Guanos é a apropriação do mesmo termo que era um fertilizante natural, proveniente dos excrementos dos guanos, aves marinhas do Pacífico, que em grandes bandos vivem ao Iongo das costas do Equador, Peru e Chile e que durante décadas foi importado pela Companhia União Fabril, para fertilizantes da lavoura açoriana.

A capacidade de produção da fábrica era de 10 toneIadas/hora. O pessoal empregado em todas as secções era de 200 elementos e a média dos salários diário, para o pessoal especializado era 80$00 (cerca de 0,40 euros). Para o pessoal não especializado a média diária era 50$00 (cerca de 0,25 euros).

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