2009 Phaidon DESIGN 1000 Objectos de Culto - Lata de conservas de abertura com chave (1866)

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Em 1866, J. Osterhoudt patenteou a primeira lata de conservas com abertura com chave. A sua principal vantagem, ao contrário da sua rival mais cilíndrica patenteada por Peter Durand em 1810, era o facto de poder ser aberta com grande facilidade e precisão de manipulação sem utilização de uma lâmina. A abertura era conseguida utilizando uma pequena “chave” de metal, que permitia que a fina tampa da lata fosse enrolada para trás. Este procedimento simples e eficaz deu origem a muitas patentes que melhoraram o modelo inicial. Uma patente de 1924, atribuída a G. A. Leighton, que apresentava um ponto “x” ligeiramente enfraquecido, onde a chave deveria ser inicialmente inserida e uma linha de enfraquecimento em forma de seta para onde a lata seria dobrada, demonstra particularmente bem o modo de funcionamento da “chave”. A chave, com um delicado gancho na sua ponta, deveria ser inserida neste ponto enfraquecido. Rodando-a ao longo do comprimento da lata, a folha de metal fino enrola-se, revelando o conteúdo da lata. Apesar de nunca ter suplantado a lata cilíndrica, estas latas mais leves e planas são reconhecidas por serem o recipiente das humildes sardinhas, utilização a qual se adequam na perfeição. Na lata de abertura com chave, os pequenos peixes podem ser embalados bem juntos sem, no entanto, perderem a sua forma ou se partirem durante o transporte. Os rebordos ligeiramente levantados e a pouca profundidade da lata com chave permitem aceder facilmente as sardinhas sem derramar o azeite no qual estão conservadas. Provavelmente, por esta razão podemos agradecer a esta lata a expressão “apertados que nem sardinhas em lata”.

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