1917
O Inquérito Industrial de 1917 refere a existência de 688 operários a trabalhar nas conservas;
As mulheres continuam a ter uma expressão reduzida mas com presença assinalável na indústria conserveira.
A I Guerra Mundial irá promover o desenvolvimento da indústria conserveira, em toda a península de Setúbal. Em Almada, em 1910 apenas existia uma, a fábrica A. Leão & C.ª, já durante os anos da Guerra (1914-1918) surgem mais 4 fábricas: a Lisbonense, a Carvalho Serra Limitada [não era armazenista de diversos produtos?], a Sociedade Amizade Limitada e a Sociedade de Conservas de Portugal.
(Joana Dias Pereira, A formação da classe operária portuguesa e o caso de estudo almadense, in Anais de Almada, 13-14, 2010-2011, p. 145 e 147)
1918
Jornal de Almada, Ano I, n.º 68, 23 Mar. 1918, p. 2, cc. 4-5
“A Sociedade de Conservas de Portugal Limitada, faz publico que requereu perante a Camara Municipal d’este concelho a necessária licença para estabelecer uma fabrica de conservas de peixe n’uns armazéns em construção pertencentes a Theotonio Pereira, no sitio do Ginjal, freguesia de São Tiago d’este concelho.
E, porque o referido estabelecimento esta compreendido na classe 1 da tabela anexa ao Decreto de 21 d’ Outubro de 1863, tendo o perigo de incêndio, cheiro desagradável e insalubre, convida as pessoas interessadas a exporem perante aquela corporação, no praso de trinta dias a contra da fixação do respectivo edital quaesquer motivos de oposição contra o projectado estabelecimento, afim de tudo ser apreciado.
Almada, 23 de Março de 1918.”